Um dos aspectos mais fundamentais de uma boa historia de RPG é o desafio.
Um bom desafio pode se apresentar de varias formas diferentes. Um monstro no fundo de uma dungeon, um enigma a ser desvendado ou até uma interpretação particularmente difícil com algum NPC... todos esses são exemplos de um desafio que os jogadores podem enfrentar durante uma aventura. Porém, hoje iremos falar sobre o bom e velho desafio “porrada”, isto é, aquele que envolve um combate entre o grupo de personagens e um vilão/monstro.
Acredito que, assim como eu, muitos mestres escolhem seus antagonistas no indispensável “Livro dos Monstros” (vamos chamá-lo de LdM), uma fonte rica em criaturas e de fácil manuseio. E é exatamente aqui que o mestre deve tomar cuidado.
Desde o lançamento dos livros básicos de D&D 3.5 edição, inúmeros suplementos foram feitos para dar suporte e enriquecer as regras do sistema D20. Em decorrência disso, os jogadores conseguem montar personagens mais poderosos e bem construídos, usando ao máximo todo o potencial que o sistema permite. Ocorre que as criaturas do LdM permanecem as mesmas, o que gera um desequilíbrio. O Nível de Desafio das criaturas não é mais compatível com o nível dos personagens. Os monstros estão obsoletos. Cabe ao mestre incrementar seus antagonistas e assim proporcionar um desafio a altura dos poderosos personagens.
Há várias formas de se progredir um monstro, tornando-o mais poderoso sem mudar a sua essência. Note que todas essas mudanças são “técnicas”, isto é, dizem respeito a mudanças na ficha da criatura. Vejamos então algumas delas:
* Dado de vida: talvez essa seja a melhor opção para melhorar um monstro, porém, é extremamente trabalhosa. Vários fatores devem ser levados em consideração, pois a adição de um único dado de vida modifica praticamente a ficha inteira. Nesse sentido, também é possível adicionar classes de personagens a um monstro. O próprio LdM ensina tal procedimento. Vale à pena dar uma conferida.
* “Modelos”: outra opção legal é aplicar um modelo. Deixa a criatura mais desafiadora. Não tenha medo de inovar, quase toda combinação de criaturas e modelos são compatíveis, mesmo que não esteja expressamente previsto no livro. Na aventura oficial de D&D “Coração da Espiral da Presa Noturna”, por exemplo, há uma aberração (Abocanhador Matraqueante) com o modelo vampiro. O fato de o LdM indicar esse modelo apenas para humanóides e humanóides monstruosos não impediu o criador da aventura de aplicá-lo.
* Atributos: O LdM afirma que os exemplares das criaturas ali apresentadas são espécimes medianos. Se você quer um monstro que seja realmente poderoso, aumentar seus atributos é uma boa opção. Note que não é necessário aumentar todos os atributos de uma criatura. Aumente aqueles ligados ao combate ou as habilidades especiais da criatura, como, por exemplo, aumentar o Carisma de um Tríbulo Brutal para melhorar a CD do seu Olhar da Confusão.
* Pontos de vida: fazendo uma média dos pontos de vida de um monstro em relação aos seus dados de vida podemos concluir que todas as criaturas do livro dos monstros têm poucos pontos de vida. No 1º nível, todos os personagens recebem seu dado de vida cheio e, normalmente, os mestres tendem a ser generosos com as rolagens posteriores para adquirir novos pontos de vida, permitindo que o jogador repita a rolagem quando o numero é muito baixo (convenhamos que é muito triste quando um bárbaro vai rolar o seu d12 para ganhar pontos de vida e tira um 2 ou 3). Isso não ocorre com os pobres monstros, mesmo os que têm apenas um dado de vida estão fadados a ter pontos de vida medianos. O mestre deveria definir corretamente os pontos de vida de cada criatura, dando o primeiro dado de vida cheio, e também ser generoso e rolar novamente os números muito baixos.
* Talentos: esta é uma parte da ficha que todos os mestres deveriam modificar. Como já foi dito antes, muitos suplementos novos foram publicados após o LdM ser escrito e com eles centenas de talentos novos surgiram. Em decorrência disso a grande maioria dos monstros do livro tem talentos pouco efetivos e alguns até mesmo ultrapassados. Talvez o exemplo mais expressivo disso seja o talento “Vitalidade” que pode (e deveria) ser substituído pelo talento “Vitalidade Aprimorada” (apresentado no “Livro Completo do Guerreiro”). Modificar os talentos também permite ao mestre definir estratégias de combate diferentes para o monstro, assim ele estará mais adaptado ao ambiente onde se encontra.
O mestre deve observar se haverá necessidade de aumentar ou não o Nível de Desafio da criatura quando aplicar alguma dessas técnicas de progressão. Muitas vezes isso não será necessário, pois, como já foi afirmado, muitas dessas mudanças são necessárias pura e simplesmente para equilibrar o encontro.
Por fim, todas essas mudanças podem ser usadas ao mesmo tempo, gerando assim criaturas atualizadas e capazes de representar um bom desafio para o grupo de jogadores.
Um bom desafio pode se apresentar de varias formas diferentes. Um monstro no fundo de uma dungeon, um enigma a ser desvendado ou até uma interpretação particularmente difícil com algum NPC... todos esses são exemplos de um desafio que os jogadores podem enfrentar durante uma aventura. Porém, hoje iremos falar sobre o bom e velho desafio “porrada”, isto é, aquele que envolve um combate entre o grupo de personagens e um vilão/monstro.
Acredito que, assim como eu, muitos mestres escolhem seus antagonistas no indispensável “Livro dos Monstros” (vamos chamá-lo de LdM), uma fonte rica em criaturas e de fácil manuseio. E é exatamente aqui que o mestre deve tomar cuidado.
Desde o lançamento dos livros básicos de D&D 3.5 edição, inúmeros suplementos foram feitos para dar suporte e enriquecer as regras do sistema D20. Em decorrência disso, os jogadores conseguem montar personagens mais poderosos e bem construídos, usando ao máximo todo o potencial que o sistema permite. Ocorre que as criaturas do LdM permanecem as mesmas, o que gera um desequilíbrio. O Nível de Desafio das criaturas não é mais compatível com o nível dos personagens. Os monstros estão obsoletos. Cabe ao mestre incrementar seus antagonistas e assim proporcionar um desafio a altura dos poderosos personagens.
Há várias formas de se progredir um monstro, tornando-o mais poderoso sem mudar a sua essência. Note que todas essas mudanças são “técnicas”, isto é, dizem respeito a mudanças na ficha da criatura. Vejamos então algumas delas:
* Dado de vida: talvez essa seja a melhor opção para melhorar um monstro, porém, é extremamente trabalhosa. Vários fatores devem ser levados em consideração, pois a adição de um único dado de vida modifica praticamente a ficha inteira. Nesse sentido, também é possível adicionar classes de personagens a um monstro. O próprio LdM ensina tal procedimento. Vale à pena dar uma conferida.
* “Modelos”: outra opção legal é aplicar um modelo. Deixa a criatura mais desafiadora. Não tenha medo de inovar, quase toda combinação de criaturas e modelos são compatíveis, mesmo que não esteja expressamente previsto no livro. Na aventura oficial de D&D “Coração da Espiral da Presa Noturna”, por exemplo, há uma aberração (Abocanhador Matraqueante) com o modelo vampiro. O fato de o LdM indicar esse modelo apenas para humanóides e humanóides monstruosos não impediu o criador da aventura de aplicá-lo.
* Atributos: O LdM afirma que os exemplares das criaturas ali apresentadas são espécimes medianos. Se você quer um monstro que seja realmente poderoso, aumentar seus atributos é uma boa opção. Note que não é necessário aumentar todos os atributos de uma criatura. Aumente aqueles ligados ao combate ou as habilidades especiais da criatura, como, por exemplo, aumentar o Carisma de um Tríbulo Brutal para melhorar a CD do seu Olhar da Confusão.
* Pontos de vida: fazendo uma média dos pontos de vida de um monstro em relação aos seus dados de vida podemos concluir que todas as criaturas do livro dos monstros têm poucos pontos de vida. No 1º nível, todos os personagens recebem seu dado de vida cheio e, normalmente, os mestres tendem a ser generosos com as rolagens posteriores para adquirir novos pontos de vida, permitindo que o jogador repita a rolagem quando o numero é muito baixo (convenhamos que é muito triste quando um bárbaro vai rolar o seu d12 para ganhar pontos de vida e tira um 2 ou 3). Isso não ocorre com os pobres monstros, mesmo os que têm apenas um dado de vida estão fadados a ter pontos de vida medianos. O mestre deveria definir corretamente os pontos de vida de cada criatura, dando o primeiro dado de vida cheio, e também ser generoso e rolar novamente os números muito baixos.
* Talentos: esta é uma parte da ficha que todos os mestres deveriam modificar. Como já foi dito antes, muitos suplementos novos foram publicados após o LdM ser escrito e com eles centenas de talentos novos surgiram. Em decorrência disso a grande maioria dos monstros do livro tem talentos pouco efetivos e alguns até mesmo ultrapassados. Talvez o exemplo mais expressivo disso seja o talento “Vitalidade” que pode (e deveria) ser substituído pelo talento “Vitalidade Aprimorada” (apresentado no “Livro Completo do Guerreiro”). Modificar os talentos também permite ao mestre definir estratégias de combate diferentes para o monstro, assim ele estará mais adaptado ao ambiente onde se encontra.
O mestre deve observar se haverá necessidade de aumentar ou não o Nível de Desafio da criatura quando aplicar alguma dessas técnicas de progressão. Muitas vezes isso não será necessário, pois, como já foi afirmado, muitas dessas mudanças são necessárias pura e simplesmente para equilibrar o encontro.
Por fim, todas essas mudanças podem ser usadas ao mesmo tempo, gerando assim criaturas atualizadas e capazes de representar um bom desafio para o grupo de jogadores.
(Juliano "Jota" Teixeira, Cabeça de Bode)
Não gostei da matéria não... espero que vocês não tenham testado essas dicas em vocês mesmos (é complicado conversar com uma criatura com diversas cabeças!)... senão vai me dar um trabalhããão... rs
ResponderExcluirZuera! eu gosto é de um bom desafio! Que venham os monstros turbinados! (onde é que tá aquele combo de pj do Unearthed Arcana mesmo??!)
Pra falar a verdade, eu já tinha ouvido e elogiado estas dicas "in loco", entonces, só entrei aqui pra zoar mesmo... rs... até mais Senhores!
Rapaz... deem uma olhada na configuração, pq parece que só pode postar comentários quem logar no sistema... sei lá, eu preferia os blogs antigos que não tinham isso... manda o cabeça de bode ver issu! rs
ResponderExcluirCaro ChimeraSlayer... antes de mais nada gostaria de sugerir que voce mudasse de profissão!!! Esse negpcio de caçar quimeras nao eh um bom negocio. Tomara que voce tenha poucos niveis!! rs
ResponderExcluirValeu pelo comentário e pela força. Seguindo a sua sugestão mudamos a configuração para assim permitir q qq um possa comentar!
Um abraço da cabeça de bode! Ps: confesso que eh dificil mandar abraços quando soh controlo 1/3 do corpo
rsrsrsrs... muito boa Jota... :P
ResponderExcluirO problema de caçar quimeras é q vc não sabe o q usa pra distrair a miserável: tesouro pra cabeça de Dragão, carne fresca pra de Leão, ou feno (ou qualquer coisa) pra de Bode... rs
ah, passei aki pra dar uma noticia quentinha: Dia 10 vai sair a aventura Contra Arsenal... e agora eu entendi o que o Paladinho quis dizer com "pénabundear" o Mestre... O.O
vejam vcs mesmos: http://www.jamboeditora.com.br/editora/tor-ca.php
inté mais!