Olá a todos. Continuando a análise das classes de personagem de D&D 3.5, hoje vamos falar do Druida, do Feiticeiro, do Guerreiro e do Ladino.
Esses textos contem meras sugestões de como utilizar as classes dentro de um exército. Não é nossa intenção estipular nenhum tipo de verdade absoluta. Na sua campanha de guerra cada classe pode ter um papel totalmente diferente daquele apresentado aqui. Nossos textos têm o intuito apenas de inspirar idéias e dar sugestões para mestres e jogadores.
Vamos às classes:
Druida:
De todas as classes básicas descritas no livro do jogador, o Druida é provavelmente aquele que tem menos afinidade com um cenário de guerra. É muito raro encontrar Druidas integrando algum exército ou tropa.
Há vários motivos para essa desvinculação. Talvez o mais importante deles seja o fato de que normalmente os Druidas vivem longe da civilização a maior parte de suas vidas, pois preferem habitar as áreas selvagens e ermas, para uma melhor conexão com a natureza. É muito raro que exércitos venham a lutar em regiões de difícil acesso, pois isso atrapalharia muito a logística necessária para manter as tropas. Outro fator relevante é o fato de que a guerra é um conceito anti-natural, afinal os animais lutam apenas para se alimentar e/ou sobreviver.
Talvez um possível interesse para um Druida integrar um exército seja a proteção da fauna e da flora onde ocorrerá o conflito. Emprestando suas habilidades e poderes naturais ele pode tentar definir rapidamente o confronto das tropas, na esperança de não molestar muito a sua amada natureza.
Embora tenha capacidades de combate razoáveis, um Druida seria mais útil para um batalhão se usasse suas habilidades de maneira mais sutil. A versatilidade de sua Forma Selvagem faz dele um ótimo batedor (principalmente se o Druida se transformar em criaturas capazes de voar) ou espião. O Druida também tem acesso a várias magias interessantes contra uma tropa inimiga, principalmente aquelas que afetam uma área ou que tenha múltiplos alvos (Como por exemplo, Constrição, Invocar Enxame, Crescer Espinhos, Nevasca, Pedras Afiadas, Coluna de Chamas e tantas outras). Também é possível usar suas magias de Invocar Aliado da Natureza para atacar ou flanquear os soldados inimigos.
Feiticeiro:
A magia arcana é um instrumento poderoso, que se empregado com eficiência pode gerar uma grande vantagem para um exército. Por esse motivo grande parte das tropas possui uma ou mais unidades composta por conjuradores arcanos, entre eles os Feiticeiros.
Os motivos que levam um Feiticeiro a se unir a uma tropa são vários, dependendo de individuo para individuo. Seja por dinheiro, lealdade, ideologia ou crença, esses conjuradores arcanos estão presentes em quase todos os exércitos, afinal é impossível ignorar a magia em um mundo tão repleto dela. A grande maioria dos Feiticeiros prefere tendências caóticas e quase todos possuem um elevado valor de Carisma, o que gera indivíduos de personalidade muito forte, por isso muitas vezes eles tem alguns problemas com a hierarquia rígida de um exército.
Como tem uma lista de magias conhecidas limitada, um Feiticeiro que atua em uma guerra deve ser cauteloso com a sua seleção de feitiços. Embora seja tentador escolher apenas magias que cause dano ao inimigo, o feiticeiro deve se lembrar da sua própria fragilidade física e do fato de não saber usar nenhum tipo de armadura e escudo, por isso é fundamental conhecer e conjurar algumas magias de proteção (como por exemplo, Armadura Arcana, Escudo Arcano, Invisibilidade Maior, Proteção contra Flechas, Reflexos e etc). Quanto às magias ofensivas, contra um grande número de inimigos nada melhor que magias de área ou com múltiplos alvos.
Uma opção interessante para aprimorar as capacidades mágicas de um Feiticeiro é equipá-lo com pergaminhos e varinhas mágicas, dessa forma ele teria acesso a magias que naturalmente não conhece.
Guerreiro:
Essa é a classe ideal para um cenário de guerra. Os Guerreiros são soldados naturais, indivíduos com um amplo treinamento tático e vasto conhecimento em técnicas de combate. Eles são de praticamente qualquer origem. Todas as raças e todas as castas sociais possuem Guerreiros.
Grande parte dos Guerreiros de origem humilde que se unem a um lado de um conflito armado o fazem por dinheiro ou obrigação, embora alguns vêem na guerra uma oportunidade para mostrar o seu valor e ganhar renome. Aqueles de origem nobre costumam pertencer à cavalaria e/ou integrar o corpo de oficiais de um exército.
Note que normalmente o grosso dos soldados é composto por Combatentes, uma classe de PdM do Livro do Mestre, que nada mais são que guerreiros com capacidades de luta inferiores (e por isso mesmo não são indicados para Jogadores) . Guerreiros existem, embora em menor número. Apenas soldados com um excepcional treinamento e aqueles com certa experiência adquirem essa classe. Por outro lado, quase todos os oficiais e lideres de uma tropa são Guerreiros.
A seleção de Talentos do Guerreiro e o tipo de armamento que ele usa é o que vai definir seu papel na hora do combate.
Com seu grande numero de Talentos extras, o Guerreiro pode se especializar em qualquer posição dentro da tropa, escolhendo aqueles que melhor se adéqua a sua posição (infantaria, cavalaria, arqueiros e outros). Se possível é sempre interessante selecionar Talentos que afetam mais de um alvo, como Trespassar e Ataque Giratório. Aqueles que lutam na infantaria costumam usar escudos. (para fazer a famosa parede de escudos!!!)
Além dos Talentos contidos no Livro do Jogador, vale a pena dar uma olhada no Livro Completo do Guerreiro que descreve muitos outros Talentos legais para um combate em massa, e a grande maioria deles pode ser selecionado como Talento bônus dos Guerreiros (como Linha de Frente e Combater em Formação por exemplo).
Ladino:
Em um cenário baseado em guerra a presença de Ladinos é comum. Essa calamidade costuma prejudicar o ambiente onde os embates ocorrem, o que leva muitos moradores locais a fugir de seus lares em busca de segurança. Esse tipo de situação é perfeita para indivíduos oportunistas e com tendência a subtrair para si os bens de outras pessoas, e isso se encaixa no perfil de vários Ladinos.
Note que nem todos os indivíduos desta classe de personagem são ladrões no sentido literal da palavra. Muitos Ladinos são bons e caridosos, usando suas habilidades apenas para se aventurar e buscar tesouros.
Independente de qual tipo seja o Ladino, a verdade é que existem poucos motivos para ele se alistar em um exército.
Em um campo de batalha o Ladino não pode contribuir muito. Sua principal fonte de dano, o Ataque Furtivo, é quase inviável de ser efetuado e suas habilidades de Encontrar/Sentir Armadilhas, Evasão e Esquiva Sobrenatural também tem pouca utilidade. Nesse sentido, o fato de não saber usar armaduras médias e pesadas e nem escudos prejudica aqueles que tentam lutar corpo a corpo.
Uma boa opção seria o Ladino integrar o batalhão de arqueiros de um exército, pois normalmente os membros dessa classe possuem um alto valor de Destreza. O único problema aqui é que os Ladinos não sabem usar o Arco Longo, logo é mais vantajoso que ele use uma besta (para ter uma margem de alcance maior).
Há outras formas de um Ladino auxiliar um exército. Sua agilidade natural e sua vasta seleção de pericias o tornam um espião perfeito, que pode se infiltrar furtivamente no acampamento inimigo ou ainda através de disfarces (usando as pericias Blefar, Disfarces Esconder-se e Furtividade). Também há aqueles Ladinos que utilizam suas habilidades para o assassinato, eliminando os lideres inimigos durante a noite. Essa ultima opção pode não ser muito honrada, mas em tempos de guerras certas medidas podem ser necessárias.
Não percam o próximo post, onde discutiremos o papel das quatro classes restantes: o Mago, o Monge, o Paladino e o Ranger.
Esses textos contem meras sugestões de como utilizar as classes dentro de um exército. Não é nossa intenção estipular nenhum tipo de verdade absoluta. Na sua campanha de guerra cada classe pode ter um papel totalmente diferente daquele apresentado aqui. Nossos textos têm o intuito apenas de inspirar idéias e dar sugestões para mestres e jogadores.
Vamos às classes:
Druida:
De todas as classes básicas descritas no livro do jogador, o Druida é provavelmente aquele que tem menos afinidade com um cenário de guerra. É muito raro encontrar Druidas integrando algum exército ou tropa.
Há vários motivos para essa desvinculação. Talvez o mais importante deles seja o fato de que normalmente os Druidas vivem longe da civilização a maior parte de suas vidas, pois preferem habitar as áreas selvagens e ermas, para uma melhor conexão com a natureza. É muito raro que exércitos venham a lutar em regiões de difícil acesso, pois isso atrapalharia muito a logística necessária para manter as tropas. Outro fator relevante é o fato de que a guerra é um conceito anti-natural, afinal os animais lutam apenas para se alimentar e/ou sobreviver.
Talvez um possível interesse para um Druida integrar um exército seja a proteção da fauna e da flora onde ocorrerá o conflito. Emprestando suas habilidades e poderes naturais ele pode tentar definir rapidamente o confronto das tropas, na esperança de não molestar muito a sua amada natureza.
Embora tenha capacidades de combate razoáveis, um Druida seria mais útil para um batalhão se usasse suas habilidades de maneira mais sutil. A versatilidade de sua Forma Selvagem faz dele um ótimo batedor (principalmente se o Druida se transformar em criaturas capazes de voar) ou espião. O Druida também tem acesso a várias magias interessantes contra uma tropa inimiga, principalmente aquelas que afetam uma área ou que tenha múltiplos alvos (Como por exemplo, Constrição, Invocar Enxame, Crescer Espinhos, Nevasca, Pedras Afiadas, Coluna de Chamas e tantas outras). Também é possível usar suas magias de Invocar Aliado da Natureza para atacar ou flanquear os soldados inimigos.
Feiticeiro:
A magia arcana é um instrumento poderoso, que se empregado com eficiência pode gerar uma grande vantagem para um exército. Por esse motivo grande parte das tropas possui uma ou mais unidades composta por conjuradores arcanos, entre eles os Feiticeiros.
Os motivos que levam um Feiticeiro a se unir a uma tropa são vários, dependendo de individuo para individuo. Seja por dinheiro, lealdade, ideologia ou crença, esses conjuradores arcanos estão presentes em quase todos os exércitos, afinal é impossível ignorar a magia em um mundo tão repleto dela. A grande maioria dos Feiticeiros prefere tendências caóticas e quase todos possuem um elevado valor de Carisma, o que gera indivíduos de personalidade muito forte, por isso muitas vezes eles tem alguns problemas com a hierarquia rígida de um exército.
Como tem uma lista de magias conhecidas limitada, um Feiticeiro que atua em uma guerra deve ser cauteloso com a sua seleção de feitiços. Embora seja tentador escolher apenas magias que cause dano ao inimigo, o feiticeiro deve se lembrar da sua própria fragilidade física e do fato de não saber usar nenhum tipo de armadura e escudo, por isso é fundamental conhecer e conjurar algumas magias de proteção (como por exemplo, Armadura Arcana, Escudo Arcano, Invisibilidade Maior, Proteção contra Flechas, Reflexos e etc). Quanto às magias ofensivas, contra um grande número de inimigos nada melhor que magias de área ou com múltiplos alvos.
Uma opção interessante para aprimorar as capacidades mágicas de um Feiticeiro é equipá-lo com pergaminhos e varinhas mágicas, dessa forma ele teria acesso a magias que naturalmente não conhece.
Guerreiro:
Essa é a classe ideal para um cenário de guerra. Os Guerreiros são soldados naturais, indivíduos com um amplo treinamento tático e vasto conhecimento em técnicas de combate. Eles são de praticamente qualquer origem. Todas as raças e todas as castas sociais possuem Guerreiros.
Grande parte dos Guerreiros de origem humilde que se unem a um lado de um conflito armado o fazem por dinheiro ou obrigação, embora alguns vêem na guerra uma oportunidade para mostrar o seu valor e ganhar renome. Aqueles de origem nobre costumam pertencer à cavalaria e/ou integrar o corpo de oficiais de um exército.
Note que normalmente o grosso dos soldados é composto por Combatentes, uma classe de PdM do Livro do Mestre, que nada mais são que guerreiros com capacidades de luta inferiores (e por isso mesmo não são indicados para Jogadores) . Guerreiros existem, embora em menor número. Apenas soldados com um excepcional treinamento e aqueles com certa experiência adquirem essa classe. Por outro lado, quase todos os oficiais e lideres de uma tropa são Guerreiros.
A seleção de Talentos do Guerreiro e o tipo de armamento que ele usa é o que vai definir seu papel na hora do combate.
Com seu grande numero de Talentos extras, o Guerreiro pode se especializar em qualquer posição dentro da tropa, escolhendo aqueles que melhor se adéqua a sua posição (infantaria, cavalaria, arqueiros e outros). Se possível é sempre interessante selecionar Talentos que afetam mais de um alvo, como Trespassar e Ataque Giratório. Aqueles que lutam na infantaria costumam usar escudos. (para fazer a famosa parede de escudos!!!)
Além dos Talentos contidos no Livro do Jogador, vale a pena dar uma olhada no Livro Completo do Guerreiro que descreve muitos outros Talentos legais para um combate em massa, e a grande maioria deles pode ser selecionado como Talento bônus dos Guerreiros (como Linha de Frente e Combater em Formação por exemplo).
Ladino:
Em um cenário baseado em guerra a presença de Ladinos é comum. Essa calamidade costuma prejudicar o ambiente onde os embates ocorrem, o que leva muitos moradores locais a fugir de seus lares em busca de segurança. Esse tipo de situação é perfeita para indivíduos oportunistas e com tendência a subtrair para si os bens de outras pessoas, e isso se encaixa no perfil de vários Ladinos.
Note que nem todos os indivíduos desta classe de personagem são ladrões no sentido literal da palavra. Muitos Ladinos são bons e caridosos, usando suas habilidades apenas para se aventurar e buscar tesouros.
Independente de qual tipo seja o Ladino, a verdade é que existem poucos motivos para ele se alistar em um exército.
Em um campo de batalha o Ladino não pode contribuir muito. Sua principal fonte de dano, o Ataque Furtivo, é quase inviável de ser efetuado e suas habilidades de Encontrar/Sentir Armadilhas, Evasão e Esquiva Sobrenatural também tem pouca utilidade. Nesse sentido, o fato de não saber usar armaduras médias e pesadas e nem escudos prejudica aqueles que tentam lutar corpo a corpo.
Uma boa opção seria o Ladino integrar o batalhão de arqueiros de um exército, pois normalmente os membros dessa classe possuem um alto valor de Destreza. O único problema aqui é que os Ladinos não sabem usar o Arco Longo, logo é mais vantajoso que ele use uma besta (para ter uma margem de alcance maior).
Há outras formas de um Ladino auxiliar um exército. Sua agilidade natural e sua vasta seleção de pericias o tornam um espião perfeito, que pode se infiltrar furtivamente no acampamento inimigo ou ainda através de disfarces (usando as pericias Blefar, Disfarces Esconder-se e Furtividade). Também há aqueles Ladinos que utilizam suas habilidades para o assassinato, eliminando os lideres inimigos durante a noite. Essa ultima opção pode não ser muito honrada, mas em tempos de guerras certas medidas podem ser necessárias.
Não percam o próximo post, onde discutiremos o papel das quatro classes restantes: o Mago, o Monge, o Paladino e o Ranger.
(Juliano "Jota" Teixeira, Cabeça de Bode)
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